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:: Friday, September 24, 2004 ::

Scissor-Hands Edward: haverá personagem alegórica melhor para aquilo em que, inadvertidamente, nos podemos tornar?

:: Eurico Z. Cebolo, Reitor U.Parv. 9:43 PM [+] ::
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:: Tuesday, September 14, 2004 ::
Comment a "Fomos, não... Somos!" e respectivos "Disseram"(3h33; 14-09-2004)

Lamento, mas acho que o "Portugal cheio de garra se lançou ao mar em descobertas..." foi uma invenção poética de um certo e determinado poeta zarolho. Na verdade não havia mais sítio nenhum para onde ir - a não ser que se arriscasse guerra com Castela - e, enfim, antes de morrer à fome sempre se tenta qq coisa... Por isso não acho que o saudosismo expresso neste post seja tão fundamentado quanto isso.
E mesmo depois das Descobertas se tornarem um sucesso (o que foi uma grande sorte, convenhamos), não creio que tenha havido uma distribuição da riqueza particularmente justa nem uma utilização dessa riqueza particularmente brilhante. Por isso, mesmo no auge da vida económica deste país não encontro grandes motivos de orgulho.Por isso creio que mais do que apelar a uma Golden Age que provavelmente nunca existiu devíamos pensar em como engendrar um futuro melhor. E isso passa essencialmente pela educação e pela investigação, pelo que só vejo vantagens em subsidiar projectos de investigação sérios. Se há desvios ou dinheiro mal aplicado o problema não reside no princípio que preside à lógica da atribuição de subsídios, mas nas estruturas de regulação e avaliação desses mesmos projectos.
"Ok, e aí entramos no problema dos jobs for the boys, onde quem leva os fundos são os amigos do/a responsável pela atribuição do subsídio." E em muitos casos será verdade, mas, pela minha parte, sinto que vivo num sistema mais justo que o vigente durante as Descobertas, porque temos um sistema político e judicial que permite algum grau de correcção destas situações, o que não acontecia então.
By the way, o excerto do artigo do Ricardo Cruz transcrito no blog é bem mais incendiário que o artigo total, onde são ressalvadas as devidas excepções aos casos apontados. De qualquer modo mesmo o artigo original apela a uma retórica populista que só serve mesmo para criar incêndios... como se pode ver pelo rasto de comments que queimam professores, licenciados e academias sem apelo nem agravo... pensei que queimar as bruxas fosse mais típico dos países anglofonos, mas, já dizia o Ricardo Araújo Pereira, "afinal parece que não".Porque isto de facto parece uma caça às bruxas. Li aqui generalizações perfeitamente grotescas acerca do comportamento dos licenciados. Que há casos desses não duvido, mas não podemos tomar a árvore pela floresta. Aliás, a maior parte dos recém-licenciados que conheço está entre o trabalhar em condições bastante precárias e o não trabalhar de todo - embora daqui não possa generalizar.
Gostava de ver o dia em que deixássemos este saudosismo em toda a gente parece ficar inerte a dizer que está tudo mal e à espera que D. Sebastião apareça das brumas com uma solução mágica qualquer para os problemas pelos quais todos nós somos parcialmente responsáveis.

:: Eurico Z. Cebolo, Reitor U.Parv. 3:29 AM [+] ::
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